23 julho 2012

Catalogar em conjunto, uma conexão de verdade


A catalogação de livros é uma atividade que quase sempre passa despercebida na vida de uma biblioteca comunitária. Sua importância, no entanto, é enorme porque sem ela estantes e prateleiras com livros tornam-se meramente objetos decorativos. Como pessoas possuem nomes e identidades próprias e registradas em cartórios, os livros também precisam de registro. Antigamente havia sistemas mais complicados de catalogação. Hoje, com a informatização, títulos e usuários de uma biblioteca estão na telinha do computador com nomes e fotos! Mas, o trabalho de catalogar exige tempo e paciência e o mais comum é ver equipes de educadores e bibliotecários arrancando os cabelos para manter os livros que chegam catalogados a tempo e a gosto.

O pólo Conexão Leitura, graças a uma iniciativa de seu gestor atual, projeto Associação Meninas e Mulheres do Morro, está resolvendo o problema dos atrasos na catalogação dos demais projetos que integram a rede, enviando um grupo de adolescentes que aprenderam a catalogar e que se divertem com isto, fazendo um trabalho voluntário.

Nesta semana passada, no dia 18 de julho estiveram no espaço de leitura Esquina do Livro em Campinho, na Zona Norte e no dia seguinte no projeto Plantando o Futuro, em Rio das Pedras. Foi muito estimulante para as educadoras Juliana Santana e Monica Félix participar deste trabalho coletivo e verem no final do dia cerca de 100 novos livros catalogados. Fica fácil assim quando se consegue atingir um objetivo, que é o de organizar melhor uma biblioteca, e quando esta ação faz parte de um projeto coletivo. Uma verdadeira conexão, feita de livros e leitura. Obrigada Bárbara, Beethoven, Luana, Lucas, Thomas e Marcelo!


Esquina do Livro

Thomas e Marcelo

MMM e Esquina do Livro

Lucas e Luana

Bárbara, Juliana e Monica

Plantando o Futuro

Luana no catalogo

Bárbara

Carlos Coordenador/Mediador do Plantando o Futuro


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Tite de Lamare
 Instituto Repare - Esquina do Livro

13 julho 2012

Flipando nas Ondas da FLIP

A logomarca da Flip tem uma ondulação que sugere uma onda ou, quem sabe, um cavalo marinho? O som que vem, se um áudio fosse colocado, é rápido, ágil e bem humorado: Flip, flip, flip. Houve gente, que escorregou na primeira consoante e disse: Clip.

Aí surgiu a ideia de fazer um mini clipe sobre a décima edição da Festa Literária Internacional de Paraty que neste ano trouxe, como sempre, animação borbulhante aos pisos irregulares de pedra da bela e já icônica cidade no litoral fluminense. 

O homenageado nestes 10 anos - desde que a inglesa Liz Calder apostou na literatura e em Paraty nosso grande poeta, Carlos Drummond de Andrade esteve presente com seus poemas projetados em telas na Tenda dos Autores, seus versos decantados e nas ruas falados, como sua poesia analisada por autores e poetas como Antonio Carlos Seccchin, Antonio Cícero, Armando de Freitas, Eucanaã Ferraz, Fabrício Carpinejar e do escritor e crítico Silviano Santiago. 

No entanto, a Flip se desdobra a cada ano e mais temas são incluídos e mais filhotes que já estão ficando bem crescidos. Como a Flipinha, a FlipZona, a agenda da Casa da Cultura, do Instituto Moreira Salles, entre outros. 

FlipZona com os representantes das organizações apoiadas pelo Instituto C&A
Para nós, do Conexão Leitura, interessados que somos na democratização do acesso ao livro e à leitura, houve programação especial também na Casa de Cultura com a mesa Biblioteca na Escola, com o Movimento por um Brasil Literário e a apresentação de Novas Políticas Públicas de promoção do livro e da leitura. 

Na quinta feira, dia 05 de julho, na Mesa Zé Kleber, tivemos a oportunidade de ouvir Silvia Castrillón, presidente da Associação Colombiana de Leitura e Escrita (Asolectura) a conversar com o diretor da Biblioteca Parque de Manguinhos, Alexandre Pimentel. Assunto fascinante: “Leitura no Espaço Pùblico”. Como acompanhar o desenvolvimento das Bibliotecas Parque, modelo que o Rio de Janeiro importou da Colombia, onde Silvia Castrillón foi uma de suas idealizadoras e, ao mesmo tempo, resguardar a essência que é, segundo Castrillón, reconhecer o direito da leitura e da escrita como um direito legítimo da sociedade quando este direito representa refletir e adquirir pensamento crítico? Segundo a especialista e bibliotecária colombiana, os novos espaços e os suportes tecnológicos que oferecem, anulam de certa forma o silêncio necessário ao surgimento da palavra. E aí, o que fazer? Castrillón citou o escritor mexicano Carlos Fuentes, recém-falecido, de que a informação massiva dos equipamentos tecnológicos tira a capacidade de pensar e refletir. Alexandre Pimentel, animado com os resultados das Bibliotecas de Manguinhos, de Niterói e agora da Rocinha, coçou o queixo e pareceu não concordar. 

E nós, humildes espectadores, fomos para a rua ver, em vez da banda, o Zuenir Ventura, o Veríssimo, o Gabeira e o Roberto da Matta e tantos outros passar! Adoramos os livros pendurados nas árvores da praça da Catedral, das crianças brincando de pique e pega com os mamulengos gigantes e saboreamos as delícias dos tabuleiros de doces da Rua do Comércio. Tudo muito Flip! A seguir fotos...








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Tite de Lamare
 Instituto Repare - Esquina do Livro