09 janeiro 2012

Diário de Bordo: quando ler pode ser uma viagem

Criamos no Projeto Esquina do Livro em Campinho, há cerca de um ano, aquilo a que viemos chamar de Diário de Bordo. Para cada leitor temos um caderno que acaba sendo customizado por cada freqüentador da biblioteca comunitária.

O Diário de Bordo, além de incentivar a escrita e a expressão verbal de crianças e adolescentes, surge como um instrumento de avaliação do trabalho de mediação conduzido pelas educadoras.





 Vejamos alguns depoimentos:

Danielle Souza, de 10 anos elege um de seus títulos preferidos que é o “Menina Bonita do Laço de Fita”, de Ana Maria Machado. “Maneiro”, diz. Gostou também de “A Voz da Estrela” de Claudia Cortes.

Bárbara Barros prefere se exprimir pela linguagem do desenho: entre o Menino Maluquinho de Ziraldo e uma história sobre botos fez vários esboços que ilustram a experiência leitora em seu Diário de Bordo.

Já Débora Nunes, de 12 anos, coloca sua preferência por ler à noite e adora o livro “As sobrinhas da bruxa Onilda”. E Juliana Dias, de 10 anos, escreve que gosta de ler, ver vídeo e escrever em seu diário.
Por fim, Bianca que mora em frente à biblioteca, do alto de seus 9 anos pontifica: “ Hoje eu li alguns poemas”.

O Diário de Bordo costuma vir acompanhado de depoimentos de algumas mães. Muitas delas exibem uma queixa com o olhar sorridente, revelando que seus filhos e filhas gostam muito de ler à noite (em vez de dormir). Mônica, mãe de Taís, de 9 anos, diz que a filha não obedece ao comando de apagar luzes. Acende o celular para iluminar as páginas do livro que lê no momento.

A palavra final fica com Kauã de 7 anos : “Li todo o livro de noite, pois é mais silencioso que na biblioteca!”

É por este motivo e tantos outros que continuamos nossa viagem e quantos mais diários houver estaremos mais felizes!

Tite de Lamare
Instituto Repare - Esquina do Livro

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